O
Conselho de Ensino e Pesquisa (CEPE) da Universidade Estadual do Mato
Grosso do Sul (UEMS) aprovou em votação histórica na tarde de ontem, 24,
a criação do curso de Medicina, ocorrida no anfiteatro da sede da UEMS,
em Dourados.
Os membros do Conselho chancelaram, por
expressiva votação, a criação da graduação em Medicina que será ofertada
pela unidade universitária de Campo Grande, atendendo uma demanda
nacional em favor da expansão do número de ofertas de vagas para
profissionais de medicina e contribuindo para que a UEMS se fortaleça,
ainda mais, no cenário regional.
A criação do bacharelado em
Medicina da UEMS foi efetivada em sequência à votação favorável do
projeto pedagógico do curso, aprovado no dia anterior, quando foi
apreciado pela Câmara de Ensino do CEPE. O curso tem previsão de ofertar
48 vagas, com um tempo de integralização de, no mínimo, 6 e, no máximo,
8 anos.
A UEMS será a primeira universidade do país a garantir,
por meio de cotas permanentes, o ingresso de negros e indígenas a um
curso de Medicina consolidando a política institucional voltada às
minorias e fortalecendo o papel da Universidade em oportunizar o acesso
dessas populações ao ensino superior com qualidade.
Para o reitor
Fábio Edir, o Conselho efetiva a criação do curso de Medicina,
acreditando na relevância da oferta dessa graduação pela UEMS.
"O curso
contribui em muitos aspectos para o MS, valendo destacar dois: a
contribuição na formação de médicos, dada a necessidade urgente destes
profissionais para o estado, e a promoção da inclusão social pioneira de
indígenas e negros a um curso de Medicina, uma vez que a política de
cotas também vai contemplar as minorias, neste bacharelado", ressalta.
A
secretária de Estado de Educação Nilene Badeca, que acompanhou toda a
sessão ordinária desta quarta-feira, afirmou que "o curso de Medicina
representa um crescimento exponencial para a UEMS, e vem suprir a
carência na formação de mais médicos para a nossa região e para o país".
Na opinião da secretária, o curso vai atender aos jovens que queiram
cursar Medicina, ao passo que também vai auxiliar no atendimento à saúde
da população do Mato Grosso do Sul, com prioridade às minorias da
sociedade.
A professora Márcia Alvarenga, membro da Comissão de
Estudos para a criação do curso de Medicina, entende que a graduação é
um projeto de extrema importância, sendo o segundo curso na área de
saúde a ser ofertado pela UEMS. "Além de favorecer uma maior
visibilidade da instituição a nível regional e nacional, o curso surge
com o princípio da relevância social para atendimento à população",
garante Márcia.
Para a representante da Secretaria de Estado de
Saúde, Magali Sanches, a oferta da curso de Medicina pela UEMS "é
providencial, uma vez que o estado está abaixo no índice nacional que
relaciona vagas e médicos por habitante, conforme dados da SGTES
(Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde), órgão do
Ministério da Saúde", informou.
A
proposta de criação do curso de Graduação em Medicina pela UEMS atende a
uma das orientações de expansão do número de vagas para formação de
médicos no Brasil, lançada em 05 de junho de 2012 pelo Ministério da
Educação. Este processo visa à formação de médicos para enfrentar os
desafios atuais do Sistema Único de Saúde no Brasil e a necessidade de
permanência e fixação de profissionais médicos em áreas onde há carência
destes profissionais.
Além dos membros do Conselho,
representando todas as 15 unidades universitárias da UEMS, estiveram
presentes representantes da classe médica, acadêmicos da Universidade, e
componentes das comunidades negra e indígena.
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