quarta-feira, 27 de outubro de 2010

NO DIA DOS MÉDICOS, BONS FILMES SOBRE ELES


Cinema

NO DIA DOS MÉDICOS,BONS FILMES SOBRE ELES  (atrasado)
 
Foto: NO DIA DOS MÉDICOS, BONS FILMES SOBRE ELES



Alguns se acham Deus e se comportam como tal, equivocados da escolha que fizeram. A outros, a quem seremos eternamente gratos, quase lhes conferimos esse status. O médico peca quando se apropria do arquétipo do salvador e se distancia do humano, um assunto que fascina e é inspiração para várias formas de expressão. Como O Médico e o Monstro, de R.L.Stevenson, célebre na literatura, ou o atualíssimo e mau-humorado House, na série de televisão, os médicos rendem bons roteiros também para o cinema. Sejam eles geniais (e salvadores) ou ainda em pleno desabrochar do aprendizado humano. Confira as escolhas da equipe do Galeria.
 
O Quarto do Filho

Filme com temática extremamente triste. Para atender ao chamado urgente de um paciente, um médico deixa de acompanhar o filho à praia. Só que o menino morre afogado. O pai, então, se enche de culpa, começa a imaginar o que poderia ter feito para evitar que o filho fosse sozinho ao passeio e assim continuasse vivo. A coisa vira obsessão e envolve, inclusive, o paciente que foi priorizado no lugar do filho. E, apesar do apoio da esposa e da filha que lhe restou, o homem nunca mais se recupera do incidente. É dirigido e estrelado por Nanni Moretti, um dos grandes nomes do cinema italiano contemporâneo.
Tempo de Despertar

Filme inspirado em uma história real, narrada no livro autobiográfico de Oliver Sacks. Robin Williams faz um neurologista que consegue trabalho em um hospital psiquiátrico no qual vários pacientes se encontram catatônicos. Todos vítimas – e sobreviventes – da grande epidemia da doença do sono (encefalite letárgica) pós-Primeira Guerra Mundial. Ele descobre que uma droga ainda em estágio experimental pode ajudá-los a acordar. O diretor do hospital autoriza que um único paciente receba o medicamento. O escolhido é Robert de Niro, adormecido há décadas. Aos poucos ele, de fato, recupera a consciência e o experimento é estendido aos outros. Mas o personagem de De Niro começa a apresentar alguns efeitos colaterais perigosos...

Patch Adams

Também com Robin Williams, o filme mostra a vida, de forma bem romanceada e com toques generosos de ficção, do médico Hunter Adams. No filme, após uma tentativa de suicídio, Adams é voluntariamente internado em um hospital psiquiátrico. Lá ele descobre que tem o dom de ajudar as pessoas usando, simplesmente, o bom humor. Sai do hospital, se matricula na faculdade de Medicina e passa a defender o conceito de que amor, amizade e bom humor ajudam, e muito, no processo de cura. Detalhe: o verdadeiro Patch Adams criticou incisivamente o filme. Disse que a produção deturpou sua mensagem e o simplificou, transformando-o em um simples médico engraçado.

Nosso Querido Bob

Comédia que mostra Richard Dreyfuss como um médico psiquiatra mau-humorado e o sempre excelente Bill Murray como Bob, seu paciente hipocondríaco que não consegue viver um único dia sem os conselhos do médico. A história decola quando Dreyfuss viaja em férias com a família para sua casa no lago e deixa Bob sozinho em Nova York, entregue à própria sorte com um vidrinho de pílulas e o último livro do médico. Desesperado, Bob acaba descobrindo o paradeiro e viaja até o lugar. É acolhido por toda a família do médico e, ao longo do filme, Dreyfuss acaba se tornando o maluco, por nutrir cada vez mais ódio pelo paciente, e Bob encontra conforto e cura na relação com a família do médico.

O Homem Elefante

Dirigido pelo personalíssimo David Lynch, o filme mostra Anthony Hopkins como um médico que descobre o personagem de John Hurt, um homem cujo rosto é deformado por uma doença congênita, sendo exibido como aberração em um circo. O médico então o liberta e começa o processo de integrá-lo à sociedade não como alguém esquisito e sim como um homem normal e culto. Mas ambos esbarram em um problema: pouca gente está pronta para conviver com algo tão diferente. O drama acaba sensibilizando até mesmo a realeza britânica. Tem ainda no elenco John Gielgud, Anne Bancroft e Freddie Jones.

Um Golpe do Destino

O filme que comprova o ditado “pimenta nos olhos dos outros é refresco”. William Hurt faz um médico que tem tudo na vida: sucesso, fama e dinheiro. Sua relação com os pacientes, entretanto, é a mais fria, impessoal e técnica possível. Sua vida particular não foge muito do mesmo tom: ele quase não se comunica com a esposa e o único filho e o trabalho ocupa boa parte de seu dia. Sua atitude é arrogante. Mas (e sempre há um mas)... ele descobre que está com um tumor na garganta e se torna paciente, no hospital em que trabalha, de uma médica que lida com seus pacientes da mesma forma que ele próprio. Começa a sentir na pele o que é ser tratado na moeda usada por ele. E, nesse processo, se humaniza e passa a encarar o ser humano, a vida e a própria medicina de outra forma.

Os Limites do Silêncio

Andy Garcia faz um psicólogo cujo filho se suicidou. Esse acontecimento acabou com seu casamento pois tanto sua esposa quanto ele próprio o culpam pelo ocorrido. Ele desiste da carreira e passa a apenas dar palestras e escrever livros. É procurado por uma ex-aluna, que lhe pede para ajudá-la a tratar de um de seus pacientes, um jovem de 18 anos prestes a sair do orfanato no qual morou a vida inteira. O pai desse garoto está preso por matar a mãe. O filme trata de relações humanas mas tem, também, um quê de suspense e mistério.

Gênio Indomável

Filme que mostra como um terapeuta pode alterar definitivamente a trajetória de alguém. Matt Damon faz Will, um jovem rebelde que, após algumas passagens pela polícia, trabalha como servente em uma universidade. E demonstra genialidade fora do comum na Matemática e um nível de conhecimentos gerais muito acima da média da própria universidade, apesar de não ter terminado nem o colégio. Por ordem judicial ele é obrigado a frequentar um psicólogo. Mas, a princípio, nada funciona porque ele debocha de todos. Até que cruza com o personagem de Robin Williams, que percebe o medo e a postura de defesa por trás das atitudes de Will e o incentiva a refletir e analisar seus valores, atitudes e principalmente suas escolhas. E muda sua vida. Dirigido por Gus Van Sant, tem ainda no elenco Ben Affleck e Minnie Driver. 

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