sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

UEMS aprova a criação do curso de Medicina

O Conselho de Ensino e Pesquisa (CEPE) da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS) aprovou em votação histórica na tarde de ontem, 24, a criação do curso de Medicina, ocorrida no anfiteatro da sede da UEMS, em Dourados. 
Os membros do Conselho chancelaram, por expressiva votação, a criação da graduação em Medicina que será ofertada pela unidade universitária de Campo Grande, atendendo uma demanda nacional em favor da expansão do número de ofertas de vagas para profissionais de medicina e contribuindo para que a UEMS se fortaleça, ainda mais, no cenário regional.

A criação do bacharelado em Medicina da UEMS foi efetivada em sequência à votação favorável do projeto pedagógico do curso, aprovado no dia anterior, quando foi apreciado pela Câmara de Ensino do CEPE. O curso tem previsão de ofertar 48 vagas, com um tempo de integralização de, no mínimo, 6 e, no máximo, 8 anos.

A UEMS será a primeira universidade do país a garantir, por meio de cotas permanentes, o ingresso de negros e indígenas a um curso de Medicina consolidando a política institucional voltada às minorias e fortalecendo o papel da Universidade em oportunizar o acesso dessas populações ao ensino superior com qualidade.

Para o reitor Fábio Edir, o Conselho efetiva a criação do curso de Medicina, acreditando na relevância da oferta dessa graduação pela UEMS.
 "O curso contribui em muitos aspectos para o MS, valendo destacar dois: a contribuição na formação de médicos, dada a necessidade urgente destes profissionais para o estado, e a promoção da inclusão social pioneira de indígenas e negros a um curso de Medicina, uma vez que a política de cotas também vai contemplar as minorias, neste bacharelado", ressalta.

A secretária de Estado de Educação Nilene Badeca, que acompanhou toda a sessão ordinária desta quarta-feira, afirmou que "o curso de Medicina representa um crescimento exponencial para a UEMS, e vem suprir a carência na formação de mais médicos para a nossa região e para o país". Na opinião da secretária, o curso vai atender aos jovens que queiram cursar Medicina, ao passo que também vai auxiliar no atendimento à saúde da população do Mato Grosso do Sul, com prioridade às minorias da sociedade.

A professora Márcia Alvarenga, membro da Comissão de Estudos para a criação do curso de Medicina, entende que a graduação é um projeto de extrema importância, sendo o segundo curso na área de saúde a ser ofertado pela UEMS. "Além de favorecer uma maior visibilidade da instituição a nível regional e nacional, o curso surge com o princípio da relevância social para atendimento à população", garante Márcia.
Para a representante da Secretaria de Estado de Saúde, Magali Sanches, a oferta da curso de Medicina pela UEMS "é providencial, uma vez que o estado está abaixo no índice nacional que relaciona vagas e médicos por habitante, conforme dados da SGTES (Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde), órgão do Ministério da Saúde", informou.

A proposta de criação do curso de Graduação em Medicina pela UEMS atende a uma das orientações de expansão do número de vagas para formação de médicos no Brasil, lançada em 05 de junho de 2012 pelo Ministério da Educação. Este processo visa à formação de médicos para enfrentar os desafios atuais do Sistema Único de Saúde no Brasil e a necessidade de permanência e fixação de profissionais médicos em áreas onde há carência destes profissionais.
Além dos membros do Conselho, representando todas as 15 unidades universitárias da UEMS, estiveram presentes representantes da classe médica, acadêmicos da Universidade, e componentes das comunidades negra e indígena.

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