quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Simulado ENEM (ENERGIA)

OUTROS SIMULADOS – 2013
  [Tipo Enem ]
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[Tipo Enem - 3ªº e Pré-vestibular]
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 [Tipo Enem - 1ª e 2ª Séries]
   • Caderno de provas
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  OUTROS SIMULADOS – 2010

   [Tipo Enem - 1ª e 2ª Séries]
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 Errata Caderno de provas 1ª série

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tópicos Principais na reta final ENEM

Ciências da Natureza e suas Tecnologias
É possível que os assuntos que se destacaram mais nos acontecimentos do ano sejam priorizados nas questões. Deve ser dado enfoque em: água, com destaque para o estresse hídrico e suas razões e implicações; energia, com destaque para a eólica e xisto; vacinas, com destaque para o que é e as campanhas de vacinação; lixo, com destaque para a Lei de Resíduos Sólidos.

Para Biologia, estude:

- Assuntos ligados à ecologia (ciclos biogeoquímicos - carbono, água e nitrogênio)
- Poluição ambiental
- Teias alimentares (energia e matéria) e bioquímica relacionada à botânica (fotossíntese)
- Fisiologia (humanos e doenças)
- Citologia (incluindo manipulações de DNA)

Para Química, estude:

- Cálculo estequiométrico
- Equilíbrios químicos
- Soluções
- Termoquímica
- Isomeria (plana e espacial)

Para Física, estude:
- Relações energéticas
- Transformações de energia
- Circuitos elétricos
- Energia mecânica
- Leis de Newton
- Empuxo
- Propagação de ondas
Ciências Humanas e suas Tecnologias
As questões têm privilegiado a leitura de textos, a análise de fotos, charges e obras de arte, e a comparação entre texto e imagem. Nas questões de Filosofia e Sociologia, têm havido um pouco mais de cobrança de conceitos fundamentais. Além disso, é importante focar também em assuntos que envolvem os direitos humanos, como luta do operariado, movimentos populares anti-escravidão no Brasil, e luta das mulheres por diretos civis e políticos.

Para História, estude:

Brasil:
- 150 anos do início da Guerra do Paraguai (1864-1870)
- 60 anos do suicídio de Getúlio Vargas
- 50 anos do Golpe de 1964
- 30 anos das "Diretas Já"

Mundo:
- 100 anos da Primeira Guerra Mundial
- 20 anos do fim do apartheid na África do Sul
- 25 anos do Massacre da Praça da Paz Celestial
- 25 anos da queda do Muro de Berlim

Para Geografia, estude:

- Urbanização (cidades, problemas sociais e ambientais urbanos)
- A questão da indústria mundial, questões ambientais (desmatamento, desgaste de solos)
- Energia (construção de usinas hidrelétricas e suas consequências para o meio ambiente e sociedade)
- Água (de abastecimento à geração de energia).
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Português:
Na prova de Linguagens, é frequente a cobrança das funções da linguagem, como a referencial, a denotativa, a emotiva e a conotativa. Dentre elas, a mais importante é afunção metalinguística e tem mais chances de cair.
Apesar de o Enem não exigir muito o conhecimento específico dos movimentos literários, são muito cobrados os textos de autores clássicos como Machado de Assis, Guimarães Rosa e José de Alencar. É possível que caia comparação entre o estilo desses autores com autores de outros movimentos literários, como Camões, por exemplo. Além disso, autores mais contemporâneos também vêm ganhando espaço nas provas.
São frequentes as questões que falam do mundo virtual, como a linguagem utilizada pelos usuários, as relações estabelecidas nas redes sociais, a substituição do livro de papel pelo digital e o uso da informação.
Costumam também aparecer questões que falam sobre a diversidade cultural, a identidade, através de textos jornalísticos, críticos e obras de arte diversas, como pintura, escultura, dança e fotografia.

Inglês e espanhol:
A prova de língua estrangeira do Enem é famosa por cobrar bastantes charges, que podem conter um volume grande de texto, muitas vezes contextualizado na pergunta. Nesses casos, deve-se buscar a interpretação que faz coerência pelo jogo de sentido entre a imagem e o texto da charge. São, basicamente, questões de interpretação e dedução.
Além disso, a prova exige compreensão de textos maiores em prosa, que requer cuidado na hora de ser respondida. Muitas vezes, o enunciado da questão já deixa claro o modo com que se deve ler o texto e o que o examinador espera que se responda.
Um ponto a que se deve dar atenção são os falsos cognatos, palavras que têm escrita semelhante a uma palavra em português, mas com significado completamente diferente. Exemplo: "Apology", em inglês, significa "pedido de desculpas", mas poderia ser confundida com "apologia", em português.

Dica: atenção às alternativas que apresentem palavras como NUNCAJAMAISSEMPRE. Geralmente, essas opções com palavras restritivas não costumam corresponder à resposta correta.
Matemática e suas Tecnologias
A prova de Matemática é forrada de gráficos e tabelas que devem ser cuidadosamente analisados e interpretados. No entanto, a resolução das questões depende de conhecimentos específicos.
Estes conhecimentos específicos, por sua vez, nem sempre são apresentados de forma direta. Por exemplo: num vestibular tradicional, uma questão de progressão aritmética (PA) é anunciada com a frase "Em uma PA (...)". No Enem, isso também pode ocorrer, mas existe a preferência em se criar uma situação em que o aluno reconheça que se trata de uma PA.
Estude:
- Porcentagem
- Conversão de medidas
- Sólidos geométricos
- Cálculo de área
- Funções trigonométricas
- Funções do 1º e do 2º graus
- Equações do 1º e do 2º graus
- Razão e proporção (regra de três, diretamente proporcional ou inversamente proporcional).

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Enem: baixe as provas das edições das unidades prisionais

Para quem está interessado em obter mais material para estudar para a prova, o Portal EBC disponibiliza todas as provas do Enem aplicados nas unidades prisionais desde 2009 até 2012. Refazer provas antigas é uma estratégia interessante para conhecer o formato do exame, o estilo das questões e os conteúdos mais cobrados. Para ter acesso aos arquivos em formato PDF, clique nos links abaixo.
2013
ciências humanas e da natureza - gabarito

linguagens, matemática e redação - gabarito
2012
ciências humanas e da natureza - gabarito
linguagens, matemática e redação - gabarito
2011
ciências humanas e da natureza - gabarito
linguagens, matemática e redação - gabarito
2010
ciências humanas e da natureza - gabarito
linguagens, matemática e redação - gabarito
2009
ciências humanas e da natureza - gabarito
linguagens, matemática e redação - gabarito

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

PUC-Goiás abre inscrições para o vestibular 2015

Interessados em uma vaga na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás) já podem se inscrever no vestibular 2015 da instituição. O prazo vai até as 12h do dia 28 de outubro, e a taxa de inscrição é de R$ 100 até 23 de outubro. Após essa data, ela será de R$ 140.

>> Faça sua inscrição


Os candidatos podem escolher entre as três modalidades de ingresso oferecidas, que são o aproveitamento do desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012 ou 2013, uma avaliação discursiva, para cursos superiores de tecnologia, e uma avaliação por área de conhecimento e redação, para cursos de bacharelado e licenciatura.

Aqueles que desejarem utilizar as notas do Enem devem comprovar média mínima de 300 pontos por prova e na redação. É necessário comparecer na coordenação de admissão discente (CAD) ou no PUC Idiomas, até 29 de outubro, para que o boletim individual seja anexado à ficha de inscrição.

A partir de três dias úteis após a efetivação da inscrição, o candidato poderá acessar, pela internet, o cartão de identificação, que deve ser impresso e apresentado no dia das provas. O vestibular acontece no dia 1º de novembro, a partir das 13h. Para o curso de Arquitetura e Urbanismo, será aplicada também uma prova de habilitação específica no dia 31 de outubro.

A lista de aprovados será divulgada em 24 de novembro. Mais detalhes podem ser conferidos no edital ou pelo telefone (62) 3946-1058.

domingo, 12 de outubro de 2014

Enem: confira dicas e estatísticas da prova de Ciências Humanas

Geografia, história, filosofia e sociologia dividem a primeira prova do Enem – e, com a interdisciplinaridade, podem aparecer juntas na mesma pergunta

Enem: confira dicas e estatísticas da prova de Ciências Humanas Edu Oliveira/Arte ZH
Saiba o que estudar para a prova de Ciências Humanas do Exame Nacional do Ensino Médio e faça um quiz online Foto: Edu Oliveira / Arte ZH
Considerado imprevisível por professores e alunos, o Enem apresenta uma garantia: muita contextualização nas questões e muita transdisciplinaridade. Ou seja, o candidato pode encontrar numa pergunta de geografia um pouco de história e até mesmo de sociologia. Assim, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep) elabora o Enem, desconstruindo o conceito formal de disciplinas dos tempos de colégios e as dividindo em Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Códigos e Linguagens, Ciências Exatas e Redação.
QUIZ: teste seus conhecimentos para a prova de Ciências Humanas
Dando continuidade à série de reportagens sobre as provas do Enem, o ZH Vestibular apresenta hoje o teste de Ciências Humanas, que aborda geografia, história, filosofia e sociologia em 45 questões. Será a primeira metade do exame aplicado em 8 de novembro. Nesta prova, as perguntas têm caráter de conhecimentos gerais. Abordam movimentos históricos no país e no mundo, mas também fatos ocorridos no ano corrente.
– É quase uma radiografia das questões problemáticas no Brasil – classifica a professora de geografia do Grupo Unificado Vera Brandt.
:: Leia as últimas notícias sobre vestibular e Enem
Apesar de o Enem exigir atualização do candidato, professores ressaltam que a “avalanche de notícias” pode ser prejudicial na preparação para o exame.
– Às vezes, o aluno não tem o preparo para discernir o que é importante e o que não é. Ele é bombardeado por muitas informações e acaba se confundindo. A gente costuma orientá-lo “dá uma olhada neste jornal, nesta editoria, neste caderno”, senão ele quer ler tudo e acaba não conseguindo extrair dali o que a prova pode perguntar – explica Saul Chervenski, que leciona geografia no Unificado.
> Geografia
– A prova de geografia preza por um lado social. Pela percepção de como a população está se posicionando, como está a educação, a saúde. Então é uma prova bem politizada – resume Alexandre Rosa, professor de geografia do Anglo Vestibulares. Em sua afirmação, Rosa lembra da interdisciplinaridade da prova. Quem for fazer o exame pode esperar por questões sobre a interferência humana em ecossistemas, como o desmatamento na Floresta Amazônica, ou dinâmicas populacionais, tal qual a migração de haitianos e africanos em cidades do interior gaúcho – tema atual e lembrado com frequência por professores.
Como estudar assuntos distintos, mas que podem se correlacionar na mesma prova? – Quando cito a geografia na Amazônia eu já trato a questão dos solos, da interferência do homem na mineração, do uso de mercúrio, do fenômeno El Niño. O aluno tem que se acostumar a lincar questões e fazer um exercício crítico sobre o tema – aconselha a professora de geografia do Grupo Unificado Vera Brandt.
Além desses temas, há boas possibilidades de os candidatos encontrarem questões relacionadas às taxas de mortalidade e natalidade e a problemas ambientais como efeito estufa e aquecimento global.

> História
Se ainda não começou a estudar o passado do Brasil, corra para a biblioteca mais próxima enquanto há tempo. Como bem resumiu o professor do Universitário Davi Ruschel, “o Enem quer um aluno que conheça a história do seu país”.
Analisando as três últimas provas do exame, o site Universia constatou que questões sobre a história brasileira apareceram pelo menos 12 vezes. No levantamento, também concluiu que nove questões tratavam de movimentos sociais – a maioria sobre mobilizações no Brasil.
Tempo, cotas, TRI: estudantes tiram dúvidas sobre as provas do Enem
– O Enem tem cobrado muitas questões de direitos das minorias, direitos dos homossexuais e das mulheres. Os alunos têm de conhecer as constituições do Brasil. Direitos trabalhistas, de votos, dos trabalhadores, períodos de democracia e autoritarismo militar – lembra Ruschel.
Retomar períodos da história brasileira é uma boa forma de se problematizar o país. Por isso professores aconselham estudantes a refletir sobre temas como o cinquentenário do golpe militar, que pode aparecer no Enem 2014.
– O Enem está exigindo que o estudante saiba dialogar as partes, que seja interdisciplinar. O próprio professor precisa se aprofundar em outras áreas. O professor de história, por exemplo, precisa conhecer filosofia e sociologia para conseguir entrar em certas áreas – aponta Felipe Pimentel, professor de história do Grupo Unificado.

> Filosofia e SociologiaEssas não são disciplinas semanais na grande maioria dos cursinhos, mas representam parcela significativa na prova e podem determinar o ingresso em uma universidade pública. Debates éticos sobre o papel da televisão no Brasil, religião e trabalho norteiam as questões de sociologia. Na filosofia, o buraco é mais embaixo.
– Nas últimas edições é possível citar referências a grandes filósofos, como Kant, Maquiavel e Montesquieu. Talvez os autores sejam alterados, mas essa tem sido a tônica. A prova de filosofia deixou de ser só interpretação de texto, exige conhecimento filosófico – afirma o professor do Unificado Thiago Cruz, que também aconselha os candidatos a estudarem Rousseau, Hobbes e Locke.
– Selecione as últimas três edições das provas, pegue os autores mais cobrados e leia seus pensamentos, estude sua história em livros introdutórios. Os candidatos têm de ter em mente que o Enem quer saber o que os autores representaram para a sociedade ocidental – completa Thiago.

Introdução (grupo facebook) - Redação Enem Oficial

Cinco estrelas: veja como é estudar Medicina na UFPE

Desde o primeiro vestibular, realizado em 1920, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) já formou mais de 10 mil profissionais no curso de Medicina. Os alunos estudam no Centro de Ciências da Saúde da universidade com o apoio do Hospital das Clínicas, que atende a todas as especialidades.  São oferecidas 70 vagas por semestre no campus Recife. O curso tem duração de seis anos e recebeu cinco estrelas na avaliação feita pelo Guia de Profissões GE 2014. Desde 2014, a UFPE também oferece Medicina no campus de Caruaru, no interior do estado

A prática no hospital começa no quarto semestre. O curso está organizado em ciclo básico (do primeiro ao quarto período) e em ciclo clínico (a partir do quinto). O quarto período funciona como base para o ciclo profissional. Os alunos primeiro começam a atender pacientes no ambulatório e na enfermaria. No início, quando estão aprendendo, ficam divididos em grupos com mais alunos e os professores estão sempre por perto para ajudar. A partir do quinto, há mais independência, com direito a plantões em alguns hospitais além do Hospital das Clinicas e das maternidades da cidade, mas sempre supervisionados por monitores e preceptores (médicos com atenção especial no ensino dos alunos).

- Leia mais sobre o curso e a carreira de Medicina
Até o oitavo período a maioria das aulas são teóricas. A atuação clínica do internato em hospitais, maternidades e unidades de saúde durante os dois últimos anos de curso é obrigatória. Nesse período também são dadas aulas de discussão de caso, apresentação de seminários e de alguns temas específicos, mas o que prevalece mesmo é a prática.
Para saber mais sobre o curso o GUIA conversou com Nathália Campello, aluna da UFPE em Recife. Ela está no quinto semestre e foi aprovada depois de dois anos se dedicando ao vestibular após formada no Ensino Médio. Na entrevista ela conta os diferenciais que a fizeram optar pela UFPE e mostra como é o dia a dia de um estudante de Medicina da universidade.
medicina-ufpe
GUIA DO ESTUDANTE: Você sempre quis ser médica?
Nathália Campello: Na verdade não. Decidi fazer Medicina quando estava na oitava série e comecei a pensar no curso que iria prestar vestibular. Fui pesquisando e me encontrei na Medicina. Na época tinha um professor de biologia que era pediatra e me influenciou bastante na escolha. Comecei a buscar mais informação sobre a carreira, sobre o curso e não conseguia imaginar mais nada mais para minha vida. Era Medicina que eu tinha que fazer mesmo… Ainda tentei “fugir” porque sabia que o vestibular era complicado, que o curso era puxado e que a vida profissional era muito cheia e exigia muito, mas não consegui.

GUIA: A UFPE sempre foi a sua escolha ou você prestou vestibulares para outras universidades também? Como você se decidiu?
Nathália: Bom, quando resolvi fazer Medicina não quis tentar em nenhum outro local que não fosse em Recife. Não quis ter que sair de casa e achava que as faculdades daqui (UFPE e UPE) eram muito boas. Então, no vestibular só coloquei para essas duas faculdades. Também não tentei nenhuma privada por achar o valor da mensalidade muito alto e também porque achava que as públicas teriam melhor qualidade de ensino e reconhecimento no mercado de trabalho. Consegui entrar nas duas universidades, mas acabei escolhendo a UFPE. Durante toda a minha vida, não me imaginada estudando na federal. Meu foco sempre foi a UPE, mas na hora da matrícula não consegui deixar a UFPE de lado. Conversei com alguns professores, alguns familiares que me ajudaram nessa escolha.

GUIA DO ESTUDANTE: Como é estudar na UFPE?
Nathália: Sabia que lá eu ia encontrar muitos professores ótimos e realmente eu encontrei. Principalmente os professores do ciclo clínico, eles são muito bons! Mas outros não possuem muita didática, só que isso a gente tem que aprender a lidar. Esse foi um dos motivos que me deixou muito frustrada, principalmente no primeiro período. Cheguei a pensar em desistir do curso. No início, até por questão de imaturidade, eu diria. É tudo mais difícil. Conseguir se adaptar com uma carga horária extensa e puxada não foi fácil. Havia alguns professores muito inflexíveis e que faziam provas muito exigentes… Mas com o passar do tempo, fui aprendendo as “manhas” com as dicas dos alunos veteranos que facilitaram muito as coisas… Um outro aspecto que ainda me frustra hoje em dia é a precariedade do nosso hospital. Às vezes, por mais boa vontade que os professores ou que a gente tenha em atender os pacientes, nem sempre é possível fazer tudo da melhor forma ou da forma ideal. Isso é bem triste porque os pacientes se prejudicam e os alunos também. Atualmente, tanto a faculdade quanto o hospital estão com os servidores em greve e isso está dificultando muito o aprendizado, pois as bibliotecas estão fechadas e sem as aulas práticas nos ambulatórios, porque não há marcação de consultas, nem acesso a prontuários médicos. A “ameaça” de que a qualquer momento possa ter uma nova greve também assusta e me deixa bastante frustrada…

GUIA: Você lembra da sua matrícula? Os veteranos a receberam bem? E agora como veterana, você já participou de alguma recepção?
Nathália: Sim, fui muito bem recebida. Na UFPE não temos o costume de fazer esses trotes que vemos em outras faculdades. Pelo contrário! Temos o costume de que a turma anterior recepcione os novos alunos desde o dia da matrícula. Lembro que prepararam cartazes com brincadeiras sobre o curso, havia adereços de festa para tirarmos fotos… Uma semana antes de iniciar as aulas, o diretório acadêmico (formado por alunos de vários períodos) organiza uma semana para mostrar tudo na faculdade: como funciona o esquema de atribuição de notas, onde fica a biblioteca, onde almoçar, tirar xerox… Levam pessoas que participam de projetos para que os alunos também possam entrar. E na semana de aula essa turma anterior faz um café da manhã de boas-vindas. Lembro que ajudei a organizar a recepção da turma que entrou depois da minha. Fizemos o mesmo esquema e ainda mostramos um vídeo com as fotos do pessoal que tinha passado, fotos de professores, do nosso dia a dia estudando, nos divertindo e até dormindo em algumas aulas… Mas como uma brincadeira de boas-vindas mesmo.

GUIA: Como é mexer com sangue? E com cadáveres? Tem aulas práticas desse tipo? Alguns alunos se assustam?
Nathália: Nós temos no primeiro ano a disciplina de anatomia, com aulas teóricas e aulas práticas que são em cadáveres mesmo. No início, alguns ficam um pouco receosos, mas são bem poucos. Mas isso foi só no início depois todos se acostumaram. Na verdade, era a cadeira mais interessante porque era a mais ligada ao corpo humano, à Medicina em si… Não era tão teórico quanto fisiologia e bioquímica. Todos gostavam. Com relação ao sangue, não há muito contato no começo. O máximo que há são algumas práticas quando os alunos aprendem a puncionar alguma veia… Nada muito “forte”. Lidar com sangue mesmo (algum paciente sangrando, alguma cirurgia ou algo assim) é mais no ciclo clínico, em que o aluno está mais preparado emocionalmente para lidar com isso.

GUIA: Você diz que eles estão “mais preparados” porque adquirem mais experiência na faculdade ou vocês têm alguma matéria de Psicologia também para ajudar nisso?
Nathália: Acho que pelos dois. Em quase todo período temos alguma cadeira que lida com temas humanísticos, para lidar com dor, sofrimento. Então, falamos de vários assuntos, como aborto, questões éticas como negligência, imprudência. Temas religiosos (respeitar determinada crença, como agir frente a essas religiões mais radicais) falamos de morte, de como devemos atender um paciente, sobre a saúde do estudante de Medicina, como nos cuidar melhor (tanto físico quanto emocionalmente), saúde do profissional médico. Como devemos tentar lidar com determinadas situações… Coisas assim… Nem sempre é fácil… Lá tem um grupo de apoio para os estudantes de medicina (NAEM), formado por psicólogos e psiquiatras que também auxiliam um pouco nessa questão de lidar com determinadas situações do curso e da grande carga de estresse que ficamos submetidos. E também pela experiência. À medida em que vamos vendo pacientes, aprendemos a lidar um pouco com esse sentimento que pode surgir de medo, angustia… Ainda hoje me sinto muito mal com determinados casos que vejo, mas a gente aprende a não transmitir esse “medo” para o paciente, a agir da melhor forma na frente dele para tentar amenizar a situação e buscar o melhor para ele e para os familiares. Nem sempre é fácil, mas a gente vai tentando todo dia… Vai aprendendo.

GUIA: Sobra tempo no meio de todas essas provas e clínicas para se divertir?
Nathália: Dá tempo! Mas quando começa o período de provas aí fica complicado. Terminei o meu hoje (ufa!). Foram duas semanas com prova quase todo dia… Se você conseguir se organizar, não deixar assunto acumular, dá tempo para fazer tudo. O problema é conseguir fazer tudo isso com antecedência… Mas sempre dá para ir para algum canto com os amigos, assistir um filme… Algumas vezes fica complicado quando temos plantão. Nesse semestre, peguei alguns no final de semana… Mas confesso que acabo me divertindo nos plantões também…

GUIA: Por que você fala isso? Você passa por situações engraçadas por lá?
Nathália: Tem sim! Alguns pacientes são bem engraçados. E realmente é bom ficar de plantão… Nós realmente aprendemos. Ver alguns casos que só encontramos nos livros, ao vivo é fascinante! E sempre tem algumas histórias hilárias de alguns pacientes, ou até mesmo quando não tem “nada” para fazer e está tranquilo. Sempre tem gente de outros períodos, outros lugares, médicos que ficam ajudando a gente e que acabamos fazendo amizade, conversando… Também é uma forma de “socializar”. Eu particularmente adoro… Até nas férias ou nos domingos eu ia para um hospital aqui da cidade. Ficava de 7 da manhã até as 7 da noite… Tirava 30 minutos para almoçar e já voltava pra emergência. Realmente é algo que eu gosto de fazer. Então, para mim, passou a ser diversão, apesar de que nem sempre as situações são fáceis ou das mais agradáveis… Só de estar ali aprendendo e podendo fazer algo para melhorar alguma coisa para alguém já me deixa feliz.

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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Com melhor nota do Sisu, mineira espera lista da USP para 'realizar sonho'

Com a maior nota média do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), a mineira Mariana Drummond Martins Lima, 18, conquistou o 1° lugar da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e uma vaga no curso de medicina, mas aguarda o resultado da Fuvest , responsável pelo vestibular da USP (Universidade de São Paulo), para "realizar seu sonho". A aluna superou mais de 2,5 milhões de inscritos no Sisu com sua média de 858,5 pontos, segundo o Ministério da Educação.

Cumpri só metade do meu sonho. Entrar na UFMG era uma metade, a outra é a USP. Meu sonho sempre foi ela e a USP. Ainda não sei [onde quero estudar], não sei mesmo. Vai ser muito difícil. São duas faculdades de medicina de grande excelência", afirma a estudante. 
Mariana, que estudava 12 horas por dia e não usa nem Facebook nem Twitter, fará sua matrícula na universidade mineira nesta terça (21). 
'Já me considero estudante de medicina da UFMG. Mas caso passe na USP (Universidade de São Paulo), vou ter de pensar. Terei duas semanas para fazer isso. As aulas da UFMG começam em 3 de fevereiro, dois dias após o resultado da Fuvest", diz Mariana Lima.
A adolescente, filha única do engenheiro civil Célio Augusto Martins Lima e da psicóloga Belmira Drumond, mora em Belo Horizonte e acredita que uma mudança para a capital paulista terá prós e contra, que ela terá de levar em conta na decisão.
"Aqui (em Belo Horizonte), por exemplo, vou ter mais facilidades e mais tempo para estudar. Lá (em São Paulo) sei que as coisas serão mais difíceis", diz. Mariana Lima completou 18 anos mês passado e nunca saiu de casa. "Família. Amigos. Isso tudo pesa", afirma.

Ler sempre e treinar para as provas

Apesar de morar em Minas Gerais, a estudante explica que se preparou também para o vestibular da Fuvest. "Na escola, além dos simulados para o Enem, fizemos também preparação para a Fuvest, do mesmo modo", afirma. 
Para ela, não ter dúvidas quanto aos objetivos é o primeiro aspecto que deve ser levado em conta pelos estudantes que enfrentam as disputas para cursarem o ensino superior no país. "O aluno tem de ter uma meta. Isso é o mais importante, mas logo depois vem a malícia para fazer as provas. Os testes simulados, com tudo igual às provas que serão aplicadas, principalmente horários e número de questões, são básicos para um bom desempenho", afirma.
De 180 questões do Enem, ela acertou 164 questões, que lhe garantiram o primeiro lugar geral no Sisu. Aguarda o resultado oficial da Fuvest para saber quantas questões acertou no vestibular para a USP.
"A pessoa tem de controlar bem o tempo. No Enem, por exemplo, são três minutos para cada questão. Não dá para parar e perder tempo em uma questão. Tem de ir para a frente", diz. Mariana Lima explica que sempre leu em média um livro por mês. Ano passado, por conta da dedicação exclusiva aos estudos, leu somente nove livros, indicados para os concursos de vestibular.
"Teve questão que respondi porque tinha lido em algum livro ou assistido em um vídeo. A matéria do vestibular é muito extensa. São muitas disciplinas. Não dá para saber tudo. A pessoa tem de se informar, principalmente lendo muito, sobre tudo", diz.